Ao contrário do que foi divulgado pela imprensa, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não desistiu da “reorganização escolar” que pode fechar 93 escolas no Estado. Diante dos protestos, ocupações de prédios e queda em sua popularidade, Alckmin foi a público para anunciar o adiamento da mudança, o que manterá os alunos matriculados ao longo do próximo ano.
“A decisão foi tomada em respeito à mensagem dos estudantes”, discursou Alckmin na tarde desta sexta-feira (4). “Agora vai ser discutido escola por escola.” De acordo com governador, ele vai “aprofundar o diálogo”durante todo o ano que vem.
De acordo com o tucano, “os benefícios da organização” vão permitir ajudar o ensino infantil, com faltas de vaga. “Vamos dialogar escola por escola. O ano de 2016 de implantação será o de aprofundar o diálogo. Eles continuarão nas escolas que estão matriculados e nós começaremos a aprofundar esse debate.”
Criticado pelos estudantes por não dialogar, Alckmin concluiu a coletiva de imprensa citando o papa Francisco: “Sempre que perguntado entre a indiferença egoista e o protesto violento, há uma opção sempre possível, o diálogo.”
Até a tomada de decisão, 196 escolas estavam ocupadas, de um total de 5.127 unidades no Estado. O plano, publicado em decreto, prevê que 754 escolas passassem a ter apenas um ciclo de ensino no ano que vem.
Cerca de 311 mil alunos – dos 3,8 milhões estudantes do Estado – seriam remanejados com a proposta de Alckmin.
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