Amazônia concentra metade do trabalho escravo no Brasil

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Um relatório do escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), aponta que, em 2014, 53% das vítimas foram traficadas para fins de exploração sexual. Foto: EBC

 

Um relatório do escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), aponta que, em 2014, 53% das vítimas foram traficadas para fins de exploração sexual, como a prostituição, seguido do tráfico de pessoas para trabalho escravo. Outro relatório, divulgado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), aponta que entre 2003 e 2015, dos quase 2.900 casos de trabalho escravo, mais da metade foram registrados na Amazônia.

No Brasil, só o Disque 100 identificou 309 vítimas de tráfico de pessoas. O Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal, recebe denúncias que envolvam violações de direitos humanos. Nesse levantamento, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Maranhão estão entre os dez estados com maior número de casos.

O coordenador a campanha nacional da CPT contra o Trabalho Escravo, Frei Xavier Plassat, explica porque o crime é tão comum na Amazônia: “porque é uma região de fronteira. E o trabalho escravo tem costume de ser utilizado na expansão, nas regiões de avanço do capital. E como são regiões remotas, onde a presença do Estado é muito mais complexa, a possibilidade de realizar atos ilícitos é muito maior. E muitas vezes as atividades de trabalho escravo estão associadas a atividades ilícitas.” 

Diversos canais estão disponíveis para quem quer denunciar casos de tráfico de pessoas. Entre eles o Disque 100, e o Ligue 180. Em caso de tráfico internacional, qualquer vítima pode procurar as embaixadas brasileiras. Os endereços dos Consulados e Embaixadas do Brasil no exterior podem ser encontrados aqui.


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