O condado de St. Louis, no Estado norte-americano do Missouri, declarou nesta segunda-feira (10) estado de emergência depois dos protestos que marcaram um ano da morte de Michael Brown, de 18 anos, assassinado a tiros pela polícia. Diversos confrontos entre policiais e ativistas marcaram os protestos e um jovem foi baleado pela polícia e está em estado grave.
Na tarde desta segunda manifestantes marcharam até o Tribunal Thomas F. Eagleton para pedir justiça. Ativistas clamaram um dia de desobediência civil como parte da manifestação, gerando repressão da polícia, que cercou o prédio e prendeu 56 manifestantes.
Os protestos começaram pacificamente em Ferguson, no domingo (9). Moradores fizeram uma caminhada e um minuto de silêncio em homenagem ao jovem assassinado. No fim da noite um rapaz negro de 18 anos foi atingido por um tiro pela polícia e está em internado em estado grave. O chefe da polícia, Jon Belmar, disse que o rapaz atirou nos agentes de dentro de um carro. Depois, encurralado, teria descido atirando e foi atingido.
Identificado como Tyrone Harris, de 18 anos, o rapaz está internado, mas oficialmente preso, e responderá, a princípio, por 10 acusações. A polícia de St. Louis divulgou fotos da viatura usada pelos policiais no momento da ação com três marcas de tiros. Ouvida pela rede de televisão CNN, uma tia do jovem afirmou que não houve confronto com a polícia.
Segundo informações do New York Times os familiares do jovem questionam até se ele estavam realmente portando uma arma. Já os policiais informaram que conseguiram apreender uma pistola 9 milímetros Sig Sauer que estava próxima a Harris, e que teria sido roubada no ano passado.
As manifestações marcam um ano da morte de Michael Brown pelo policial Darren Wilson, que não foi incriminado pela morte. Em março, o Departamento de Justiça anunciou que não apresentaria acusações criminais contra Wilson por entender que ele agiu em legítima defesa.
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