O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), rebateu nesta segunda-feira (21), por meio de nota, falas do senador José Serra (PSDB-SP) publicadas em entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo, em que o tucano sinaliza estar alinhado com o Temer para a formação de um governo no caso da saída da presidenta Dilma Rousseff.
Questionado se o PSDB, se chamado, entraria para o governo para ajudar o PMDB, Serra crava que o seu partido vai, sim, participar do governo: “O PSDB será chamado e terá a obrigação de participar. Sem abdicar de suas propostas e convicções. Em um partido sério, toda participação em governo que não é o seu exige mão dupla. Você apresenta as ideias e se dispõe a cooperar. Daí nasce uma boa aliança”.
Após a repercussão da entrevista, cujo teor exibe um plano de novo governo que estaria sendo criado apesar de o País ter uma presidenta em legítima atuação, levou Temer a falar. Ele afirmou, referindo-se a Serra, “não ter porta-voz” e que, se precisar anunciar algo publicamente, o fará sem auxílio de terceiros.
Durante a entrevista, o tucano disse ser “altamente provável que o impeachment se materialize. Que a Câmara considere o processo admissível, o Senado, idem, e que o Senado vote com os dois terços necessários para completar o processo de impedimento”, mas Serra nada falou a respeito de o presidente da Câmara, Cunha, ter seu nome atrelado a suspeitas de corrução e evasão de divisas. O deputado, que comanda na Casa a votação do pedido de impeachment de Dilma, é acusado pelo suposto recebimento de US$ 5 milhões em propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado.
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