O Atlético Nacional, atual campeão da Libertadores da América, e adversário da Chapecoense na final da copa Sul-americana, pretende ceder o titulo à equipe catarinense em respeito as vítimas da tragédia, segundo a TV colombiana Teleantioquia. A decisão, no entanto, cabe à Conmenbol. A entidade, que organiza o campeonato, deve manifestar um parecer no dia 21 de dezembro.
Furacão do Oeste, como é conhecido o time da Chapecoense, foi fundado em 1973 com a ideia de reinventar o futebol na cidade de Chapecó, no oeste de Santa Catarina. Entre trancos e barrancos o clube viveu dificuldades financeiras, mas após o investimentos de empresários locais, passou a ter uma situação econômica mais estável. Em 2008, figurava na série D do campeonato nacional e em apenas 5 anos, conseguiu o acesso histórico para série A do Campeonato Brasileiro.
Diferente da maioria dos clubes que figuram na elite do futebol nacional, o Chapecoense tem uma folha salarial enxuta, um elenco sem grandes estrelas, mas mesmo assim, mantinha trajetória regular
Neste ano, começou a ganhar mais espaço ao vencer o Campeonato Catarinense e ao chegar a final da Sul-americana, fato que atraiu atenção de grande parte do País, principalmente após eliminar o San Lourenzo, time argentino de grande tradição nas semi finais.
A cidade de Chapecó, com 200 mil habitantes, foi fundamental na ascensão do clube, que se tornou motivo de orgulho por todos os habitantes. O goleiro Danilo, que fez uma defesa milagrosa na semi-final contra o San Lourenzo, enfatizou a apoio da torcida durante a campanha do Chape. “A torcida dá muita força para a gente dar o máximo em campo. Vivemos momento mágico, para o clube e para nós, jogadores. Temos que curtir e nos concentrar para jogar a grande final”, disse após o jogo da semi-final.
A campanha do Furacão do Oeste foi frustrada por uma tragédia, a maior da história do futebol mundial, que levou a morte de 76 pessoas. Clubes brasileiros e internacionais divulgaram nota em apoio à Chapecoense. O presidente Michel Temer declarou luto oficial de três dias. Já o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSB-SC), decretou luto de 30 dias e e suspendeu as festividades públicas de Natal e Ano Novo.
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