Sindicatos de bancários de todo o Brasil se reuniram em assembleias na última quinta-feira (1) para deliberar sobre a Greve Geral da categoria a partir das 00h da próxima terça-feira (06/09).
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Conderação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec), a insatisfação da categoria vem aumentando com a intransigência dos bancos, apontada na contra proposta apresentada de 6,5% de reajuste salarial, abono de R$ 3 mil e PLR nos moldes da última Convenção Coletiva de Trabalho. “A oferta dos patrões sequer cobre a inflação do período. Não podemos aceitar isto”, afirma o coordenador da Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação – CEBNN, Lourenço Prado.
Prado destaca que a greve geral dos bancários não é um desejo da categoria. “Não tivemos escolha, com a manutenção da contraproposta patronal e a inflexibilidade dos bancos, não nos resta outro caminho”, avalia Lourenço Prado.
A Contraf pede, entre outras reivindicações, reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização.
Entre as cidades e os estados que tiveram assembleias em que os bancários confirmaram a greve estão Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espirito Santo, Tocantis, Maranhão, Espírito Santo, Pernambuco, Pará, Sergipe, Cuiabá, Curitiba, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, e cidades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, como as duas capitais, Campinas (SP), Bauru (RJ), Angra dos Reis (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ).
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) foi procurada mas não foi encontrada para falar sobre a greve dos bancários. Em seu site, a entidade disse que a proposta enviada aos bancários “mostra o empenho dos bancos por uma negociação rápida e equilibrada, capaz de garantir a satisfação e o bem-estar dos empregados do setor em um momento de dificuldades e incertezas na economia brasileira.”
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