O Corpo de Bombeiros ainda trabalha para apagar o fogo em 25 contêineres no Terminal de Cargas do Porto de Santos, localizado na cidade de Guarujá, litoral paulista. O incêndio começou na tarde de quinta-feira (14), atingindo um total de 80 contêineres contendo diferentes tipos de produtos, armazenados pela empresa Localfrio.
O acidente espalhou fumaça tóxica pela região.
De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros Rafael Marques, o trabalho nesta manhã está voltando ao resfriamento dos 25 contêineres onde o incêndio persiste. “Estamos retirando um a um para identificar o que tem dentro deles, verificar a possibilidade de abertura, se está pressurizado, se não está, se há risco de explosão”, informou.
Existe risco também, segundo o tenente, de que os contêineres se desintegrem. “É um trabalho que demora bastante porque os contêineres, por terem sido expostos às chamas, têm a estrutura bastante fragilizada”, explicou.
Ele disse que as causas do acidente não estão confirmadas, mas há suspeita de que o ácido de dicloro tenha entrado em contato com água e dado início ao incêndio.
Apesar do fogo, o risco de propagação do incêndio é zero e os produtos não devem contaminar o estuário, que fica longe do local, afirmou o tenente. A expectativa, segundo ele, é de que até o fim do dia de hoje as chamas sejam apagadas e o trabalho entre em fase de rescaldo.
“A maior dificuldade é retirar os contêineres, estamos resfriando externamente, porém as chamas continuam internamente. Usamos [para a extinção das chamas] água, espuma e pó químico”.
Para o trabalho, foram deslocadas 23 viaturas dos bombeiros, 91 viaturas da Polícia Militar, e 40 bombeiros civis. Está sendo utilizado, além disso, um rebocador emprestado de uma empresa, que bombeia água do mar para ajudar no resfriamento.
Risco à saúde
A orientação dos bombeiros à população é que evitem contato com a fumaça tóxica liberada pelo incêndio. Em caso de tontura, náusea ou ardência nos olhos e vias nasais, é preciso procurar imediatamente o serviço de saúde.
Próximo ao terminal, uma nuvem de vapores domina o ambiente e preocupa os moradores. Marcos Santos Ferreira, gerente de um posto de gasolina em frente ao terminal, disse que ontem os comerciantes fecharam as portas mais cedo.
Ele conta que a coluna de fumaça era levada pelo vento para a cidade de Santos e o distrito de Vicente de Carvalho. “Hoje parou a chuva, o vento começou a trazer para cá [Guarujá]. Parece que se estendeu à cidade inteira. Ontem não estava tão denso, parece que a fumaça desceu”. No posto, todos os frentistas trabalham usando máscaras.
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