Bradesco compra HSBC Brasil por US$ 5,2 bilhões

Foto: Reprodução/ nytimes.com
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O Bradesco adquiriu neste domingo (2) a operação brasileira do banco britânico HSBC por 5,186 bilhões (17,6 bilhões de reais). Os detalhes da transação serão anunciados nesta segunda-feira (3). De acordo com analistas, o valor da operação ficou acima do previsto pelo mercado, que esperava que o banco fosse vendido por valores entre 10 e 12 bilhões de reais. As informações são da Folha de S. Paulo.

“Em 31 de julho, fizemos o acordo para vender nosso negócio no  Brasil para o banco Bradesco SA por US$ 5,2 bilhões. Como dissemos anteriormente, nós planejamos manter uma presença modesta nas empresas do Brasil para servir nossos clientes internacionais no País. Esta transição oferece excelente valor para os acionistas e representa entrega significativa das metas que anunciamos em junho, informou o HSBC ao site Infomoney.

O grande proveito do Bradesco em relação a aquisição é a clientela de alta renda do HSBC, este que figura como a sexta maior instituição financeira do Brasil em ativos. O banco inglês possui 10 milhões de clientes, uma rede de 853 agências e uma receita girando em torno dos R$ 10,6 bilhões. “A aquisição possibilitará ganho de escala e otimização de plataformas, com aumento da cobertura nacional, consolidando a liderança em número de agências em vários Estados.”, disse o banco em comunicado.

Segundo o Bradesco, “os clientes do HSBC continuarão a ser atendidos de forma habitual e após e, após a conclusão da operação, passarão a contar com todos os produtos, os serviços e as comodidades oferecidas.”

Escândalo e reformulação

A transação foi confirmada dois meses depois do HSBC ter anunciado uma grande reformulação global em sua estrutura, a qual incluía a venda de suas filiais no Brasil e na Turquia, a fim de reduzir custos em US$ 5 bilhões e enxugar 25 mil vagas, cerca de 10% de seus funcionários.

A ideia do banco é recuperar seus lucros e superar as perdas ocasionadas pelo escândalo de corrupção Swissleaks, onde o HSBC é acusado de ajudar milhares de clientes a sonegar impostos e ocultar finanças depositadas na Suíça.


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