Após aprovação do Ministério Público de São Paulo de quebra de sigilo bancário, fiscal e dos cartões de crédito de pessoas físicas e jurídicas ligada ao corpo gestor da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, a Brasileiros divulga lista dos 22 nomes indiciados no inquérito com bases consistentes de irregularidades na gestão e de práticas de enriquecimento ilícito, tráfico de influência, nepotismo e compras e contratações irregulares.
Um dos alvos da quebra de sigilo é Kalil Rocha Abdalla, que renunciou ao cargo de provedor na quinta-feira (16), a mulher e o filho dele. Outro investigado é o ex-superintendente da Santa Casa Antonio Carlos Forte, que deixou o cargo após 22 anos à frente da instituição.
Veja lista com 22 nomes indiciados no inquérito da Santa Casa:
Antonio Carlos Forte
Wilma carvalho Neves Forte
Hercílio Ramos
Maria Fátima da silva Ramos
Hercílio Ramos Júnior
Maria Fernanda Ramos
Carlos Wagner Ramos
Paulo Antonio Chiavone
Manoel Francisco Lopes da Silva
Solange Aparecida Capeli
Kalil Rocha Abdalla
Ana Maria Arouche Abdalla
Fernando Arouche Abdalla
Edison Ferreira da Silva
Paulinho de Almeida Carvalho
Nilza Aparecida de Almeida Carvalho
H ramos Consultoria e Participações s/s LTDA
Instituto Paulista de terapia Intensiva s/c LTDA-ME
Forte & Ramos Consultoria e Participações s/c LDTA
Via Consultoria e Participações LTDA
TV and Arts Produções s/s LTDA-ME
Centro de Estudos e Pesquisas em fisioterapia na Santa Casa
Endividamento, má gestão e compra de imóveis
A Santa Casa é alvo de uma auditoria contratada pela Secretaria de Estado da Saúde e também de inquérito civil para apurar a crise financeira do Hospital Santa Isabel, localizado no centro da capital e mantido pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia. Ambos são geridos pelas mesmas pessoas.
A dívida da Santa Casa chega a R$ 773 milhões, embora a instituição tenha declarado em setembro que devia R$ 433 milhões a bancos e fornecedores. A irmandade deve ainda os salários de novembro a cerca de 500 médicos e o 13° a todos os funcionários.
Na visão do MP, a Santa Casa recebeu dos cofres públicos mais recursos do que gastou entre 2010 e 2014, período que coincide com o aumento do seu endividamento. A promotoria observou ainda que, no mesmo período, houve um aumento do patrimônio em imóveis da instituição.
A partir de 2011, o que se vê é a aquisição de imóveis nas proximidades do hospital. Foram comprados, por exemplo, os imóveis na Avenida Amaral Gurgel, 344 e 537, vilas nas ruas Jaguaribe (76 a 96) e Frederico Abranches, 153 e imóveis nas ruas Veridiana e Marquês de Itu, entre outros. A estimativa é de que o patrimônio em imóveis da instituição alcance cerca de R$ 800 milhões.
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