O teste foi simples: 48 figurantes entraram em carros e depois sentaram-se em bancos enfileirados dentro de um retângulo com as dimensões de um ônibus coletivo. O teste, feito em todo o mundo, foi realizado no Brasil com patrocínio do jornal Folha de S.Paulo, que pagou R$ 1,5 mil para que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) fechasse um trecho da avenida Pacaembú (zona Oeste) na manhã do último domingo (17).
O resultado é que 48 pessoas em 40 carros ocupam aproximadamente 840 metros quadrados de vias, 17 vezes mais espaço na rua que a mesma quantidade de pessoas em um coletivo. O teste levou em conta a média de passageiros por carro na cidade, de 1,2 pessoa por veículo.
A primeira vez que um teste desses aconteceu foi Alemanha em 1991 e, depois, reproduzido pelo resto do mundo, diz o jornal.
Para Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre de transporte pela USP, “o ônibus não consegue atender todas as viagens. O carro não pode ser tratado como bandido”. Horácio Augusto Figueira, consultor em engenharia de transportes, discorda: “Em uma grande avenida, no horário de pico, os ônibus levam de 5.000 a 10 mil pessoas, enquanto os carro [carregam] 1.300.”
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