Cirurgião suspeito de desvios no HC defendia impeachment de Dilma

Fachada do Instituto do Coração, que integra o Hospital das Clínicas - Foto: Mauricio Rummens/Governo de São Paulo
Fachada do Instituto do Coração, que integra o Hospital das Clínicas – Foto: Mauricio Rummens/Governo de São Paulo

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo exigiu explicações do Hospital das Clínicas sobre as irregularidades na compra de marcapassos cerebrais para o tratamento de pacientes com mal de Parkinson. Nesta terça-feira (19), o conselheiro Antonio Roque Citadini cobrou da direção do hospital informações sobre quem fez os pedidos de compra dos marcapassos e quem autorizou as despesas.

Uma investigação conduzida pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal apontou que Waldomiro Pazin, diretor administrativo do hospital, e o médico cirurgião Erich Fonoff, responsável por 75% das cirurgias investigadas, orientavam pacientes a procurar a Justiça para conseguir marcapassos de maneira mais rápida. Em razão das liminares judiciais, o hospital era obrigado a adquirir equipamentos sem licitação, que acabavam custando cerca de quatro vezes mais que o preço real. O esquema pode ter custado até R$ 18 milhões ao SUS (Sistema Único de Saúde).

Na última segunda-feira, Waldomiro Pazin e Erich Fonoff foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimento na última segunda-feira (18). Fonoff aparecia muito nas redes sociais em manifestações em defesa do impeachment de Dilma. Ele pregava o fim da corrupção no País, a prisão de Lula e a extinção do PT. Também espalhava boatos de que Dilma cortaria o Bolsa Família de quem não votasse nela.

Além de Waldomiro Pazin e Erich Fonoff, o Judiciário também determinou a condução coercitiva de Vitor Dabbah, dono da Dabasons, empresa que importava os equipamentos, e de Sandra Ferraz, funcionária da mesma firma.


Comentários

Uma resposta para “Cirurgião suspeito de desvios no HC defendia impeachment de Dilma”

  1. Como esclareceu o secretário da Saúde David Uip, o Governo de SP tem sido vítima de máfias que usam a justicialização para dar golpes e fraudar laudos. A direção do HC e o governo Alckmin colaboraram nas investigações e ajudaram a PF e o MPF a desmantelar a quadrilha.

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