As gigantes de bebidas Ambev, Coca-Cola Brasil e PepsiCo Brasil decidiram seguir diretrizes de associações internacionais e interromper a venda de refrigerantes e bebidas gaseificadas em escolas para crianças de até 12 anos. As novas ofertas para este público prometem atender a critérios nutricionais específicos das crianças com bebidas com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas.
Dados da Consultoria Nielsen mostram queda de 5,9% nas vendas de refrigerantes em comparação com 2014, o que, para o professor de MBA da FVG, Roberto Kanter, “demonstra claramente que essas empresas vão buscar outras alternativas para o negócio”. “É puramente mercadológico. Há pesquisas que demonstram a queda de consumo de bebidas como refrigerantes no futuro e elas precisam estar preparadas para isso”, disse, em entrevista para a Folha de S. Paulo.
Para a nutricionista Ana Paula Bortoletto, do Idec, também entrevistada pela reportagem, o melhor seria substituir suco por fruta e água, pois os sucos industrializados são diferentes dos feitos na hora. “Em relação à quantidade de açúcar, dá na mesma. Qualquer tipo de bebida doce, mesmo um suco só com fruta, tem o que chamamos de ‘açúcar livre’”, adiciona.
Em resposta, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas não Alcoólicas (Abir), Alexandre Jobim, chama a política de “compromisso da indústria para a redução do consumo de açúcar. O ganho em marca é marginal, não é o objetivo final da iniciativa”, disse.
De acordo com Jobim, até agosto toda a indústria deverá adotar a prática no País.
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