Confiança da indústria registra alta em julho, mostra FGV

Foto: David Alves/Fotos Públicas (19/11/2014)
Foto: David Alves/Fotos Públicas (19/11/2014)

Após quedas consecutivas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou alta de 1,5% em julho, em comparação a junho, ao passar de 68,1 para 69,1 pontos. O aumento ocorre após as quedas de 1,6%, em maio, e 4,9%, em junho.

A alta foi observada em sete dos 14 principais segmentos acompanhados pela pesquisa e foi determinada pela melhora das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice de Expectativas (IE) avançou 3,2%, após algumas quedas em sequência, quando acumulou perdas de 23,6%. O índice de 67,9 pontos de julho representa o segundo menor valor da série. Quanto mais baixo o índice em relação a 100 pontos, maior é o pessimismo da indústria quanto à situação atual e à intenção de novos investimentos. A alta de julho representa um leve impulso no otimismo do setor.

Segundo o superintendente adjunto para Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Aloisio Campelo Jr., o avanço do Índice de Expectativas é bem-vindo, “mas de magnitude ainda insuficiente para ser identificado como uma reversão de tendência, após cinco quedas consecutivas”. Campelo acrescentou que a evolução do Índice de Confiança da Indústria em julho é mais facilmente analisada “de forma desagregada de acordo com o horizonte de tempo”.

O quesito de produção prevista foi o que mais contribuiu para a alta da expectativa: o indicador de julho avançou 7,4% sobre o mês anterior, atingindo 91,5 pontos. A proporção de empresas prevendo aumentar a produção nos três meses seguintes aumentou de 14,2% para 18,5% de junho para julho. A parcela das que esperam reduzir a produção caiu de 29% para 27% no mesmo período.

O Índice da Situação Atual (ISA) ficou praticamente estável ao recuar 0,1% em relação ao mês anterior, de 70,4 para 70,3 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada – que mostra o grau de ociosidade da indústria – ficou estável de junho para julho, em 78,2%, o menor patamar desde abril de 2009, quando registrou 78%.


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