O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu nesta quinta-feira (11) processo contra o líder do Psol, Chico Alencar (RJ). O pedido de cassação de Alencar foi apresentado pelo Solidariedade sob os argumentos de suposto uso de notas frias para comprovar gastos de sua cota parlamentar e de suposta irregularidade em doações à sua campanha eleitoral. A acusação tem tons de intimidação por parte da oposição, já que Alencar e seu partido apresentaram pedido de cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na semana passada.
Chico Alencar antecipou a sua defesa no conselho para, segundo ele, mostrar a correção das doações e o arquivamento do procedimento do Ministério Público que investigou o uso das notas. “Não recebo este documento como uma representação, mas sim como uma retaliação, uma tentativa de intimidação, uma vontade de outros de fazer deste colegiado um espaço de revanche política, rebaixada”, disse ele durante sua defesa, nesta quarta-feira.
O deputado informou que observou, na representação do Solidariedade, “25 mentiras, falsidades, afirmações enganosas e impropriedades”. Ele afirmou ter orgulho da colaboração de sete servidores do seu gabinete, que fizeram doações voluntárias, dentro dos limites permitidos pela Justiça Eleitoral.
Segundo o líder do Psol, a representação contra ele não passa de tentativa de vingança diante do processo de cassação que o partido e a Rede Sustentabilidade movem contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com base em supostas contas secretas na Suíça e em delações da Operação Lava Jato.
Na mesma sessão, o Conselho de Ética formalizou a entrada, como titular do colegiado, do presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), em substituição a Wladimir Costa (SD-PA), que renunciou por motivo de saúde. Ele afirmou que a representação contra Alencar será uma “oportunidade de esclarecimento” para o líder do Psol.
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