Corregedoria da PM não passa informações da chacina para Polícia Civil

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Reprodução: Reprodução/ Twitter

Uma semana após a maior chacina do ano na cidade de São Paulo, que deixou 18 mortos e seis feridos em Osasco e Barueri, a enorme força-tarefa de 50 pessoas organizada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo enfrenta seu primeiro revés. Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, policial civis relataram que não recebem informações da Corregedoria da Polícia Militar sobre eventuais PMs suspeitos de participar dos crimes. As informações não estariam sendo compartilhadas entre civis e militares.

Nem o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e nem a Delegacia Seccional de Osasco receberam nomes e fotos dos policiais do 42º Batalhão, responsável pela região onde aconteceram os assassinatos em Osasco. Sendo assim os investigadores não podem mostrar fotos de eventuais suspeitos aos sobreviventes e testemunhas.  Também não chegaram a mão dos investigadores as escalas de trabalho que indicam quem estava de plantão e quem estava de folga no dia da chacina.

A Secretaria de Segurança Pública informou em nota que o trabalho de investigação está sendo realizado de maneira integrada, com a ajuda da Corregedoria da Polícia Militar. “Todas as informações solicitadas à PM pela força-tarefa, que inclui policiais do DHPP e Polícia Científica, já foram fornecidas”, disse a nota.

Na última quarta-feira (19), a força-tarefa apreendeu um revólver calibre 38 e quatro pistolas .380, pertencentes a dois guardas-civis de Barueri. O objetivo dos investigadores é descobrir se as armas foram utilizadas em algum dos ataques que culminaram na morte de 18 pessoas. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos dois guardas e também na sede da Guarda Civil Municipal. Além das armas, foram recolhidas munições, coletes e roupas, que também vão ser submetidos a perícia.

Uma questão importante levantada pelas autoridades é que um dos atiradores da noite da chacina era canhoto, assim como um dos guardas-civis que é suspeito de ter participado dos assassinatos.


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