Cresce adesão de escolas particulares à greve geral

Foto: Ricardo Stuckert
Foto: Ricardo Stuckert

 

Cresce a adesão de escolas particulares à greve geral convocada para o dia 28 de abril, contra as reformas da Previdência, Trabalhista e a lei de terceirização. Em comunicados recentes, instituições do Rio de Janeiro e de São Paulo anunciaram a paralisação de suas equipes.

O Sinpro- SP (Sindicato de Professores de São Paulo), por meio de nota no site oficial, diz que o governo do presidente Michel Temer quer “acabar com os direitos e garantias dos trabalhadores de todas as categorias”: “Reforma da Previdência, desmonte da CLT, terceirização irrestrita são propostas que demonstram a disposição selvagem em entregar o Estado a interesses privados, a qualquer preço”.

Escolas particulares paulistanas como Lourenço Castanho, Santa Cruz, Alecrim e Oswald de Andrade emitiram comunicados de adesão nesta semana. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, um levantamento preliminar do sindicato prevê a paralisação de ao menos cem escolas na capital.

O corpo docente da Oswald de Andrade diz, por meio de nota: “Destarte, vemo-nos atingidos por propostas do atual governo que se opõem a uma educação democrática, crítica e baseada no diálogo e em valores humanistas e democráticos. Com essa carta, pretendemos sinalizar nosso posicionamento e preocupação com a possível perda dos direitos conquistados, como também nosso repúdio à Reforma da Previdência (PEC 287/2016) e à Lei da Terceirização (PL 4302), pois entendemos que tais propostas violentam os direitos constitucionais dos trabalhadores e representam um ataque à educação que acreditamos, visto que tornam precárias as relações de trabalho em todas as áreas da escola”.

“Reconhecemos que tal decisão pode trazer certo embaraço na rotina das famílias, mas estamos diante de uma urgência. Compreendemos que o papel do educador é atuar na construção de um país em que gostaríamos de viver: em que são dados passos em direção à vida cidadã, sem retrocessos”, diz nota redigida pela equipe de professores e auxiliares da Escola Sá Pereira, no Rio de Janeiro. 

As direções dos colégios Santa Cruz e Lourenço Castanho afirmaram que irão respeitar a paralisação dos profissionais e suspender as aulas, ainda que isso não reflita o posicionamento das escolas a respeito das reformas propostas.

O Apeosp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de S. Paulo) e o Sinpeem (Sindicato dos profissionais em educação no ensino municipal de São Paulo) comunicaram que também irão aderir à greve geral.

 


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