O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou neste sábado (1º) sua conta oficial no Twitter para informar que determinará à Procuradoria Parlamentar da Câmara que ingresse com uma interpelação judicial contra a advogada Beatriz Catta Preta, que, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, disse ter sofrido ameças de integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.
“Determinarei à Procuradoria Parlamentar da Câmara que ingresse com a interpelação judicial semana que vem, independentemente da CPI”, afirmou Cunha. Ainda na rede social, Cunha explicou que a acusação da advogada atinge a Câmara e a CPI da Petrobras. “Sua acusação atinge a CPI e a Câmara dos Deputados como um todo, devendo ela esclarecer ou ser responsabilizada por isso.”
De acordo com Eduardo Cunha, a Mesa Diretora da Câmara tem obrigação de interpelar judicialmente a advogada Beatriz Catta Preta, de modo que ela diga que tipo de ameaça sofreu e de quem as sofreu. Na entrevista ao Jornal Nacional de quinta-feira (30), a advogada criminalista, que defendia três investigados pela Operação Lava Jato, explicou que deixou os casos por se sentir ameaçada e intimidada por integrantes da comissão.
Catta Preta disse ainda que fechou o escritório e abandonou a carreira após receber ameaças “veladas” de membros da CPI, que, no dia 9, votaram a favor da convocação para ela depor no colegiado. Na TV Globo, a advogada esclareceu que a “intimidação” a ela e à família começaram depois que um de seus clientes, o empresário da Toyo Setal Júlio Camargo, denunciou, sob a resguarda da delação premiada, o presidente da Câmara de receber US$ 5 milhões em propina para viabilizar contratos com a Petrobras. Segundo ela, Camargo não tinha citado Cunha nos primeiros depoimentos por medo, mas que agora apresentou provas, como documentos, à Justiça.
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