PRECIPITAÇÃO? A última pérola de Pelé foi sobre o assunto que está em debate no Brasil: o racismo. Depois de sucessivos episódios de intolerância racial, como o que sofreu Tinga
em um jogo no Peru e um juiz de futebol em Caxias, no sul do País, o ex-jogador foi questionado sobre as ofensas contra o goleiro Aranha, do Santos, que foi chamado de “macaco”
por torcedores do Grêmio, em uma partida em Porto Alegre. “Acho que o Aranha se precipitou um pouco em querer brigar com a torcida. Se eu fosse parar o jogo cada vez que me
chamasse de macaco ou crioulo, não tinha jogo”, afirmou. “O torcedor, dentro de sua animosidade, grita. Acho que temos que coibir o racismo, mas não é em um lugar público que
vai coibir. O Santos tinha Doval, Mengálvio, Pelé… Só o Pepe era branco. Iríamos jogar na Bahia, no interior, e nos xingavam de tudo quanto é nome. Quanto mais atenção der
para isso, mais vai aguçar. Tem que coibir o racismo. Com pobre, há discriminação também”.
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