A presidenta Dilma Rousseff pretende anunciar a tão aclamada reforma ministerial nesta sexta-feira (2), porém já existem movimentações que indicam quais mudanças vão ser feitas. Durante toda a semana diversas especulações surgiram sobre quais políticos, principalmente peemedebistas, iriam assumir cargos nos ministérios e nas secretarias. Um destes boatos deve se confirmar. O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), indicado pelo partido, deve assumir a pasta da Saúde.
O parlamentar já até concedeu entrevistas como novo ministro, inclusive para a Folha de S. Paulo, onde disse que “não se curva a pressões” e que será “um ministro inimpressionável”. Castro já indicou que o PMDB, ou pelo menos parte dele, vai continuar na base de apoio ao governo. “A força da Dilma está na sua respeitabilidade pessoal. Em toda a Lava Jato, não apareceu nada contra ela”, afirmou.
O deputado, em tese, não faz parte do nicho do PMDB que apoia o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já que, quando relator das propostas de reforma política que circularam na Casa, se posicionou de forma contrária ao distritão, sistema defendido por Cunha, e acabou sendo destituído do cargo.
Outro peemedebista que vai fazer parte da nova Esplanada dos Ministérios é Celso Pansera (RJ), que vai assumir a pasta da Ciência e Tecnologia. Ao contrário de Castro, Pansera é um grande aliado de Eduardo Cunha e de Leonardo Picciani (PMDB-RJ), líder do partido na Câmara. Contudo, o nome de Pansera ainda não é uma certeza, já que a presidenta Dilma se reuniu com o vice Michel Temer nesta quinta-feira (1º) para falar que queria alguém de maior peso político para ajudar nas votações no Congresso.
Pansera chegou a ser chamado de “pau-mandado de Eduardo Cunha” pelo doleiro delator Alberto Yousseff, investigado na Operação Lava Jato. O deputado apresentou requerimentos para que a comissão investigasse familiares de Yousseff, fato que foi interpretado pelo doleiro como uma forma de intimidação.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, Dilma já havia oferecido a pasta para dois outros correligionários de Temer, Henrique Alves, que atualmente está no Turismo, e Eliseu Pandilha, da Aviação Civil. Ambos recusaram a proposta.
Já para as pastas que serão unificadas, como Trabalho e Igualdade Racial, a presidenta Dilma já está praticamente decidida quanto aos nomes que assumirão. Miguel Rossetto, atual titular da Secretaria-Geral da Presidência, que tem status de ministério, vai para a pasta que vai unir Trabalho e Previdência Social. Outro ministério que será incorporado é o da Igualdade Racial, que passará a versar também sobre Direitos Humanos e Mulheres. A atual ministra da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes, deve assumir a pasta unificada.
Acompanhe ao vivo:
Deixe um comentário