“É racismo”, diz mãe de acusada da morte de turista italiana

Valdicéia França, mãe da estudante carioca detida pela morte da turista italiana Gaia Molinari, afirmou que sua filha está presa só porque é negra. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, ela afirmou que não consegue falar com Mirian desde que o dia da detenção no Ceará e que ainda não teve como providenciar um advogado para a filha.

Segundo Valdicéia, os policiais “viram uma neguinha pobre, turista e ficou fácil colocar a culpa nela. Se fosse minha filha morta, será que a italiana estaria presa? É racismo”.

De acordo com o jornal, Mirian teria avisado a mãe que estava aguardando Molinari voltar para casa para poderem visitar Canoa Quebrada, mas que a italiana não apareceu nem para jantar.

A suspeita do crime faz doutorado no Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e a entidade está tentando encontrar defensores públicos em Fortaleza para defender a aluna.

Molinari, 29 anos, foi encontrada morta no dia 25 de dezembro por alguns turistas que estavam em Jeicoacoara, em Fortaleza. Uma autópsia realizada no dia seguinte apontou como causa da morte asfixia por estrangulamento. A vítima, no entanto, teria sofrido vários golpes antes de morrer, pois seu corpo apresentava ferimentos em toda sua extensão, principalmente na cabeça.

No dia 29, a Polícia deteve a carioca Mirian França, que viajava com Molinari. Ela foi presa após apresentar inconsistências e contradições em depoimentos prestados na Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur) sobre o caso, informaram fontes italianas à ANSA.


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