Se a atual crise política afeta fortemente o governo do PT, o PSDB, maior partido da oposição, claramente não conseguiu capitalizar seus efeitos. Todos os possíveis candidatos tucanos para o pleito de 2018: Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra despencaram na preferência do eleitorado. Um ano atrás, o senador mineiro e candidato em 2014, ostentava liderança isolada nas pesquisas e tinha 35% das intenções de voto segundo o datafolha. Na pesquisa divulgada ontem, ele novamente aparece em tendência de queda: agora tem apenas 17%, uma queda de quase 20%.
Cenário 1 (Aécio candidato)
Lula (PT) – 21%
Marina (REDE)- 19%
Aécio (PSDB) -17%
Bolsonaro (PSC) – 8%
Ciro Gomes (PDT) – 7%
Bolsonaro (PSC) – 8%
Cenário 2 (Alckmin candidato)
Marina (REDE) – 23%
Lula (PT) – 22%
Alckmin (PSDB) – 9%
Bolsonaro (PSC)- 8%
Ciro Gomes (PDT) – 8%
Cenário 3 (Serra candidato)
Lula (PT) – 22%
Marina (REDE) – 22%
Serra (PSDB) 11%
Bolsonaro (PSC) -7%
Ciro Gomes (PDT) – 7%
Cenário 4 (todos os tucanos e Sérgio Moro)
Lula (PT) – 21%
Marina (REDE) – 16%
Aécio (PSDB) – 12%
Sérgio Moro (?) – 8%
Bolsonaro (PSC) -6%
Ciro Gomes (PDT) – 6%
Serra (PSDB ou outro) – 5%
Alckmin (PSDB ou outro )- 5%
Se a situação de Aécio é desconfortável (possivelmente em função das denúncias de que foi alvo na Lava-Jato), a dos demais possíveis candidatos tucanos é mais desfavorável ainda: José Serra e Geraldo Alckmin não alcançam sequer 15% das intenções de voto em nenhuma das pesquisas, o que é grave, já que são nomes conhecidos e que disputaram eleições presidenciais.
Embora apareça liderando as pesquisas junto com Marina, Lula também não tem muito a comemorar. Apesar de ser presença quase certa no segundo turno, o ex-presidente tem a maior taxa de rejeição dentre todos os candidatos: 53% não votariam nele de jeito nenhum. Houve uma queda: esse índice na última pesquisa era de 57% , porém ainda assim é muito mais alto que o dos demais candidatos. A rejeição de Aécio também é grande: 33%. Marina tem 20%.
A ex-ministra do meio ambiente, apesar de liderar ao lado de lula, manteve praticamente os mesmos índices de intenção de voto. Ela não cresceu em meio a crise, foram seus adversários que derreteram.
Michel Temer
O Vice-presidente Michel Temer (PMDB) é quem sucede Dilma no caso de o impeachment se efetivar, porém sua aceitação perante a população é ainda muito baixa. 58% são favoráveis a ele deixar o cargo junto com Dilma, e apenas 16% acreditam que ele faria um bom governo. Em matéria de disputa presidencial, o Vice tem ainda menos força: apenas 1% de intenção de voto.
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