Investigada pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato, a empreiteira OAS desembolsou em nada menos do que R$ 3 bilhões em propina desde 2010. Um dos beneficiários seria o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
As suspeitas são da Procuradoria-Geral da República, que analisaram mensagens de celular do ex-presidente da companhia Léo Pinheiro, preso em 2004 e condenado a 16 anos de prisão justamente por integrar a organização criminosa que, por anos, emplacou contratos na Petrobras em troca de propina.
De acordo com as investigações, os R$ 3 bilhões são fruto de títulos que a OAS emitiu desde 2010. “Há aquisição de debêntures emitidas pelas empresas e que são adquiridas por bancos ou por fundos de pensão onde há ingerência política”, escreve nos autos do processo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Tudo mediante pagamento de vantagem indevida aos responsáveis por indicações políticas, inclusive doações oficiais.”
Um dos principais beneficiários é Cunha. Ele teria recebido valores não identificados da OAS para intermediar uma transação envolvendo R$ 250 milhões em debêntures para um Fundo de Investimento. O próprio Pinheiro teria informado o peemedebistas por WhatsApp sobre a liberação do dinheiro em fevereiro de 2013, informa o jornal Folha de S.Paulo.
A defesa do empreiteiro não comenta, enquanto a de Cunha negou as acusações. “ Não recebi qualquer vantagem indevida e desafio a apresentarem provas disso. Sou vítima de perseguição política”, afirmou.
Ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto também teria recebido dinheiro para intermediar outros casos envolvendo a OAS. Existe até uma menção a um JW, que suspeitam ser o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.
Deixe um comentário