Empresas que recolhem lixo flutuante da Baía de Guanabara estão sem receber

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A poluição da Baía de Guanabara tem sido objeto de questionamentos na preparação do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Olímpicos deste ano, porque ali serão disputadas as provas de vela. Capazes de retirar o lixo flutuante que se acumula no espelho d’água, os ecobarcos são uma das principais estratégias do governo do estado para que as provas não sejam afetadas pela sujeira. Os Jogos do Rio começam daqui a 200 dias.

Com o pagamento atrasado há cinco meses, as empresas responsáveis pelos ecobarcos que fazem a limpeza da Baía de Guanabara afirmam que o serviço está sendo prestado normalmente. A Secretaria Estadual do Ambiente diz que o dinheiro deve chegar apenas no fim de fevereiro.

A empresa Pro Oceano, contratada em julho do ano passado para monitorar os ecobarcos, apontar os locais de coleta e controlar as quantidades de lixo retiradas da baía, diz que não recebeu nenhum pagamento até hoje. A dívida é de cerca de R$ 500 mil, e a empresa avalia atualmente a renovação do contrato, que se encerra neste mês.

Ao todo, 15 pessoas estão envolvidas no projeto. 

Operadoras dos barcos que recolhem os resíduos sólidos, as empresas Ecoboat e Brissoneau também estão com pagamentos atrasados. O último mês em que receberam foi setembro.

Em nota, a Secretaria Estadual do Ambiente informou que está em contato permanente com as empresas, que têm o compromisso de não paralisar o trabalho. A previsão da secretaria é que, no fim de fevereiro, ao menos uma parte dos pagamentos seja regularizada. “As dificuldades financeiras enfrentadas pelo estado são de conhecimento geral”, diz a nota.

Ainda segundo a Secretaria Estadual do Ambiente, também estão atrasados os pagamentos para a empresa Matos Teixeira Engenharia e Serviços, que presta o serviço de ecobarreiras na Baía de Guanabara. Instaladas em rios e canais, as ecobarreiras impedem a chegada de lixo à baía.


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