ENEM: prova neste fim de semana ainda incerta

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Ainda incerta a data do Enem para candidatos que tem a prova marcada para este final de semana, dias 5 e 6 de novembro, em escolas ocupadas por estudantes secundaristas que protestam contra a medida provisória que determina a reforma do ensino médio, contra a PEC 241 — que institui o teto e congela as despesas do governo, incluindo a área de educação, por até 20 anos — e também contra o projeto Escola sem Partido, que tramita no Congresso Nacional.

Até ontem, levantamento da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) apontava que 1.197 instituições de ensino seguiam ocupadas em 19 Estados e no Distrito Federal (DF). Novos dados ainda não foram divulgados. Em comum acordo com as instituições, estudantes que ocupam os campi do Instituto Federal Catarinense (IFC) em Camboriú, no litoral norte, e Concórdia, no oeste, vão interromper o movimento para a realização do Enem. No entanto, o Ministério da Educação estuda adiar o Enem para os dias 6 e 7 de dezembro para candidatos que fariam a prova em escolas ocupadas pelo movimento. A data já estava definida para quem está preso e para jovens em medida socioeducativa. O MEC informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que só vai se manifestar oficialmente sobre o tema hoje à tarde, mas que “acompanha o caso com muita responsabilidade”.

Na Grande São Paulo Em Guarulhos, um grupo de cerca de estudantes secundaristas e universitários que ocupava a Câmara de Vereadores deixou o local espontaneamente, após 11 dias de permanência na Casa. De acordo com a Guarda Civil Metropolitana, a saída pacífica ocorreu na noite de ontem (31). Não foram contabilizados possíveis danos.

Nas redes sociais, o grupo Ocupa Câmara Guarulhos divulgou nota informando a intenção de desocupar o prédio. Eles também protestavam contra a PEC 241 e a medida provisória que flexibiliza o ensino médio no País.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara de Guarulhos, duas sessões ordinárias precisaram ser canceladas por causa da ocupação. De acordo com os alunos, no período de ocupação, foram realizados debates, aulas públicas e saraus, “que aprofundaram o debate entre estudantes secundaristas e universitários, professores da rede federal, estadual e municipal, trabalhadores e desempregados”.


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