Entidades diversas participaram de um ato no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro, para defender o setor, os empregos e a Petrobras, na noite de segunda-feira (17). Lideradas pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), organizações como Creas, Febrae, CBIC, Sinicon, Sinaenco, AEERJ, ABEE, Abemi, AEPET, Abifer, Abimaq, Sindistal, CDEN, Fenainfo, Fisenge e FNE criaram o movimento “Pela Engenharia, a Favor do Brasil” para divulgar um manifesto.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre maio de 2014 e o deste ano, foram fechados 340 mil postos de trabalho no setor da construção. Na construção pesada, que inclui obras de infraestrutura e montagem capitaneadas pelas maiores construtoras do Brasil, foram registradas menos 180 mil vagas.
“A operação Lava Jato, a qual aplaudimos e não ousamos criticar, trouxe prejuízos a milhares de engenheiros e demais empregados do setor, que estão sendo demitidos. É a estancada do desenvolvimento e do progresso do País, e de sua maior empresa, a Petrobras”, disse o presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian.
“Não pretendemos discutir aqui as investigações. Se comprovada a existência das irregularidades, os responsáveis devem ser punidos depois de cumpridos todos os ritos previstos na legislação brasileira. O combate à corrupção, contudo, não pode, nem deve, servir de pretexto para destruir um patrimônio tecnológico e de conhecimento construído ao longo de mais de seis décadas por empresas que conduzem hoje, assim como conduziram no passado, as obras que permitiram ao Brasil dar um salto significativo em desenvolvimento, levaram a excelência de nossa engenharia para mais de 40 países e são responsáveis por mais de 1 milhão de empregos em todo território nacional”, ressaltou Pedro Celestino, conselheiro do Clube de Engenharia.
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