Para terminar com chave de ouro o evento Seminários Brasileiros – Investimento em Infraestrutura: Base do Desenvolvimento, A última mesa do dia veio com uma pergunta muito direta: “Investir em Infraestrutura é um Bom Negócio?”.
Para tentar responder essa questão, não de forma genérica, mas de forma específica, foram chamados quatro profissionais de áreas distintas, cada um dando seu relato e trocando sua experiência nesse ponto em seu determinado mercado.
Iniciando o bate-papo, Paulo Cesena, presidente da Odebrecht TransPort, foi o primeiro a falar e, antes de mais nada, já foi dando sua opinião: “Investir em infraestrutura é um bom negócio para o País como um todo, logo, é vantajoso sim”. Cesena mostrou, através de slides, o campo de atuação da Odebrecht TransPort, um braço da gigante Odebrecht, mas que atua especificamente com mobilidade urbana, rodovias e sistemas integrados de logística.
Na sequência, foi a vez de Henrique de Aragão, diretor sênior da Engineering, empresa de engenharia especializada em projetos e gerenciamento de empreendimentos, ter a palavra. O empresário exaltou a importância da iniciativa privada para que esse processo de melhoramento na infraestrutura seja cada vez mais forte. Com bastante experiência no assunto, ele explicou também, o que, para ele, é fundamental no sucesso da empreitada. “Um empreendimento mal estruturado vai causar prejuízo. 60% do negócio está nessa fase de estruturação, 30% está na captação e os outros 10% ficam na ativação”, comentou.
Com uma visão um pouco mais crítica do que a dos outros dois palestrantes, Ivan Wedekin, diretor geral da Bolsa Brasileira de Mercadorias, trouxe outra visão interessante para a conversa: “Se for pra responder pensando no que eu vi, profissionalmente, nas últimas décadas, eu diria que não, não é um bom negócio para o País investir em infraestrutura, nossa história prova isso”, apontou. Apesar do pé atrás inicial, ele apontou que história vem mudando nos últimos anos. “O novo programa do governo finalmente tirou esse assunto (incremento da infraestrutura) do armário e o colocou em pauta novamente. Nosso agronegócio, por exemplo, exportava US$ 20 bilhões em 2000, hoje, exporta US$ 100 bilhões”, comemorou. No final de sua fala, fez uma analogia que já está até popular nas reivindicações no Brasil em época de pré-Copa do do Mundo. “Queremos infraestrutura padrão FIFA no agronegócio brasileiro… Se bem que eu vi um jogo outro dia e o gramado do estádio estava bem ruinzinho”, brincou.
Fechando a mesa e o seminário, Sandro Yamamoto, Assessor Técnico na ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica, falou sobre o crescimento que a sua área teve nos últimos anos e a expectativa para um futuro próximo. “No ano passado fomos o 8º país em investimento e estruturação na área de energia eólica”. Yamamoto apresentou dados que comprovam que esse campo pode sim ser crucial na busca por fontes de energia sustentável. “Países como Espanha e Portugal, por exemplo, do total de energia usada pela população, 18% é eólica, no Brasil, esse porcentagem é de apenas 1%”, contou. Yamamoto ainda disse que nossa principal fonte de energia, as hidroelétricas, possuem complementariedade com a fonte eólica, e que é preciso se trabalhar para uma matriz elétrica Renovável-Térmica.
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