“Falamos em educação, mas pagamos R$ 1.500 para o professor”, critica Belluzzo

Falando no primeiro painel do Seminários Brasileiros — Brasil 2020 Novos Rumos da Economia, que acontece nesta sexta-feira, dia 4, o economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Luiz Gonzaga Belluzzo citou a  criticou a qualidade da educação no país como um dos principais gargalos ao nosso desenvolvimento. “A gente é professor universitário e vê a cada ano as turmas chegando ao ensino superior com um nível pior. O aluno universitário não sabe ler e mal entende as quatro operações”, criticou.

“Somos hipócritas. Falamos em melhorar a educação mas pagamos R$ 1.500 para um professor”, disse. “É preciso uma base melhor. Os primeiros anos do desenvolvimento educacional são essenciais. Depois dissoas lacunas vão ficando cada vez mais difíceis de se preencher”.

Mas Belluzzo não criticou apenas a educação básica. “É preciso investir em educação continuada. As pessoas estão cada vez mais alienadas do mundo. Eu vejo pelas redes sociais como as discussões envolvem os temas do momento, mas ao mesmo tempo não têm a mínima ideia do que está acontecendo no mundo à sua volta. Repetem os mesmos dogmas velhos, ultrapassados”.

O presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, Marcio Pochmann, que falou antes de Belluzo, concordou. “Antes o teto do desenvolvimento acadêmico era o ensino superior. Hoje ele tem de ser o piso”.


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