Festival em SP recebe 5.000 pessoas no fim de semana

Cerca de 5.000 pessoas passaram pelo Festival Path, organizado neste final de semana em vários locais do bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. A maior parte da programação do evento aconteceu nas dependências do Instituto Tomie Ohtake, como palestras, exibição de filmes e rodas de discussão sobre diversos assuntos, desde música até empreendendorismo. Além deles, shows animaram os visitantes na Praça dos Omaguás, no museu A Casa e na Livraria Fnac.

De acordo com a organização, foram 107 palestras, 21 atrações musicais, oito filmes e 17 atividades simultâneas, que contabilizaram 150 horas initerruptas de programação. Para dividir tudo e atender aos interesses particulares, o festival dividiu os eventos em quatro faixas de horários (dois pela manhã e dois pela tarde) e em dez locais diferentes, de forma que, enquanto uma palestra sobre dados na internet, ministrada pelo analista de sistemas do Google, Keith Matsumoto, acontecia em uma das salas do Tomie Ohtake, outra das dependências abrigava um encontro sobre perda de peso com o administrador de empresas Diogo dos Reis Ruiz.

“A gente está se acostumando com a amplitude de eventos como esse em São Paulo. Mostra que a nossa cidade está ganhando um roteiro cada vez mais interessante de eventos interessantes e que fogem daquela coisa comum de museu, shows, etc”, revelou a estudante de Jornalismo, Caroline Betta, na fila para entrar no Path. “Estava ansioso para chegar o dia do festival, mas até agora não sei se escolhi bem as palestras que eu vou participar, apesar de já ter montado minha programação”, completou o também estudante de Jornalismo, Gustavo Bertonni.

A dificuldade de escolher entre tantas coisas interessantes foi o principal “problema” de quem foi ao Festival Path. O visitante poderia escolher entre assistir uma palestra com o famoso designer Marcelo Rosenbaum, que ficou conhecido por trabalhar com Luciano Hulk no quadro Lar Doce Lar, do Caldeirão do Hulk, da TV Globo, ou com o sócio-fundador do site Catraca Livre, Marcos Dimenstein, sobre a “era do consumidor ponderado”, ou ainda participar de um debate com o diretor Halder Gomes, de Loucos de Futebol e O Astista Contra o Caba do Mal e ir a uma festa especial que durou até a madrugada de sábado.


Comentários

Uma resposta para “Festival em SP recebe 5.000 pessoas no fim de semana”

  1. Avatar de Rafael Daibs
    Rafael Daibs

    Meu textão pra quem nao tem preguiça da vida!…
    Passados 3 dias depois que estive no Festival Path deu vontade de escrever algumas impressões marcantes e considerações que tive a respeito das palestras que assisti e escutei sobre tecnologia, inovação, empreendedorismo, cultura, arte, conhecimento e educação.
    Ter participado do Festival Path pela primeira vez me ajudou a refinar algumas coisas que acredito e que gostaria de ver acontecendo com mais frequência a respeito da nossa interação com as coisas do mundo! Principalmente com a nossa relação com a tecnologia, com o trabalho, família, amigos e com todo esse anseio que temos pelo novo, mesmo antes de conhecermos bem o “velho” e fundamental. É, o negócio é bem por ae!
    A tecnologia e a inovação foram pano de fundo para a maioria das palestras do festival, e de onde eu vejo, UMA DAS COISAS MAIS BACANAS que a tecnologia pode oferecer a partir das infinitas possibilidades que ela nos permite, é que temos atualmente uma ótima e ampla oportunidade de olharmos de um “jeitão” mais divertido pra gente mesmo, pros nossos “eus”, quando, por exemplo, olhamos nesse espelhão gigante e cheios de recursos (apesar dos parâmetros) como a internet, as plataformas de redes sociais, as comunidades online, o digital em si e os rastros que deixamos por ai durante nossas interações nesses ambientes e com todas as tecnologias. Afinal, somos aquilo que compartilhamos e que consumimos antes mesmo da internet existir. Com ela, a gente só ampliou a percepção e, naturalmente, alguns dos nossos comportamentos genuínos.
    Cada vez mais temos quase tudo a nossa disposição e o tempo todo. É quase como se pudéssemos acessar o ontem, o hoje e até os eventos futuros do amanhã, a qualquer momento, de qualquer lugar, mesmo que nem todos tenham acesso aos mesmos recursos tecnológicos (não vai demorar para isso acontecer). Ta todo mundo conectado! Nossos pais, nossos avós, nossos amigos…e lógico, isso tem impactos positivos e negativos, mas, como já bem dizia o genial Marshall McLuhan, “Os homens criam as ferramentas, as ferramentas recriam os homens”. O melhor que podemos fazer é descobrimos juntos pra onde vamos levar tudo isso antes que tudo isso nos leve!
    Acho muito bacana esse negócio de podermos olhar pra gente mesmo e nos reconhecermos a partir das nossas experiências com a tecnologia, porque com frequência, percebo que a dor da fricção que a maioria das pessoas sentem (inclusive eu) quando tentam buscar seus verdadeiros desejos, se encontrar enquanto gente, pode machucar muito menos se aprenderem a se “escutar” pela via que a tecnologia oferece como possibilidade de nos reconectarmos com o nosso velho e coletivo “eu”. Pessoas se relacionamento, trocando informações e acessando conteúdos como nunca antes aconteceu, como uma grande conversa, pode ser um enorme aprendizado para a humanidade. Mas para que isso aconteça, antes, é importante pararmos e nos acalmarmos para a vida. É preciso pausa, silêncio interior e empatia.
    Quem me conhece sabe o quanto eu curto o que eu faço enquanto publicitário, professor, consultor e empreendedor (sim, cada vez mais tenho empreendido e aprendido) e por isso também os temas do festival Path foram tão interessantes para mim, embora o festival e todo o seu conteúdo tenha ido muito além da sua proposta temática. A cada palestra, não importava o tema, do “lugar” onde escutei, a mensagem era clara e única…foi um convite para OLHARMOS PARA NOSSA ESSÊNCIA antes de pensarmos em realizar mais coisas com as tecnologias, antes de pensar em inovação, antes de empreender para preencher espaços que muitas vezes queremos criar apenas para depois termos o que preencher novamente. Foi um convite para olharmos para nossa relação com o todo não tecnológico, para nos atentarmos à presença humana, porque precisamos estar no centro das coisas e não em torno da tecnologia e do que temos produzindo a partir dela.
    O Path me ajudou a sacar o quanto é importante pausar e olhar o valor das coisas, dos sujeitos que dividem o mesmo espaço com a gente ao invés de colocar o urgência antes das necessidades reais. E só depois disso, tentar entender como as demais coisas podem refletir positivamente na minha vida profissional. Temos tido a chance de perceber cada vez mais o contexto do outro. Mesmo que fazer isso não dependa exclusivamente tecnologia.
    Minha consideração final é de que o silêncio, a pausa, são tão necessárias em nossas vidas que é capaz de tirar de nós o sentimento de previsibilidade que temos a respeito de tudo e que nos faz muito mal. Temos que deixar de ser obcecados por tudo, por se preencher o tempo todo, por não darmos tanta atenção para o nosso entorno, por não nos permitimos ficarmos sozinhos (zap zap like like post post) e por não nos darmos a chance de reconhecer que somos falhos. Só assim saberemos o que buscamos enquanto queremos ou o que queremos enquanto buscamos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.