Um relatório anual divulgado nesta quarta-feira (27) pela Organização das Nações Unidas relatou que a fome afeta 795 milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar das quedas nos números globais , o último estudo da ONU apontava 10 milhões de pessoas a mais, o relatório aponta que a crise econômica acirrou o problema.
A situação melhorou nas regiões em desenvolvimento, onde a taxa de desnutrição, que mede a proporção de pessoas incapazes de consumir alimentos suficientes para uma vida ativa e saudável, diminuiu para 12,9% da população, contra os 23,3% relatados há 25 anos.
Ainda assim a África Subsaariana continua tendo índices alarmantes neste sentido: 23,2% dos habitantes passam fome e 24 países africanos enfrentam atualmente crises alimentares, o dobro em relação a dados de 1990.
O diretor-geral da Organização das Nações Unidas Para a Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, mostrou-se otimista pelo fato de a maioria dos países, 72 entre os 129 países monitorizados, terem atingido a meta do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir para a metade a prevalência de desnutrição em 2015, enquanto as regiões em desenvolvimento falharam por uma margem reduzida.
Outros 29 países terão cumprido a meta definida na Cúpula Mundial da Alimentação de 1996, quando os governos se comprometeram a reduzir pela metade o número absoluto de pessoas subnutridas até 2015.
Ainda segundo o documento, a crise econômica que assola a maioria dos países no mundo prejudicou os progressos no combate à fome, juntando-se a outras causas como os desastres naturais, fenômenos meteorológicos graves e os conflitos civis.
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