“Oportunidades que o Brasil oferece – os grandes nichos” foi o tema do terceiro e último painel do seminário Fundos de Pensão. Segundo os palestrantes do painel, os fundos de pensão vêm em uma crescente muito boa nos últimos 15 anos e devem se desenvolver ainda mais na próxima década. O evento da revista Brasileiros, que contou com o patrocínio do Grupo JBS e apoio da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), aconteceu no final da tarde de hoje, 26, no Teatro Oi Brasília.
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O primeiro a ter a palavra foi José Ribeiro Pena Neto, vice-presidente da Abrapp. Otimista, José Ribeiro afirmou que o Brasil investe cerca de 15% do PIB nos fundos de pensão, mas esse número pode aumentar. “Há países que já investem mais de 100% do PIB em fundos de pensão. Visto isso, temos um longo caminho a percorrer e um bom espaço para crescer”, ressaltou o representante da Abrapp.
Apesar disso, José Ribeiro rechaçou a fama da Abrapp de associação rica. Ele destacou que os recursos obtidos têm a mesma ordem de grandeza dos compromissos a serem prestados. “Quando há um superávit, ele não é nenhum dinheiro que vamos colocar no bolso sem responsabilidades. Temos 6,2 milhões de pessoas e nós existimos para beneficiar todas elas”, finalizou.
René Sanda, diretor de Investimentos da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, a Previ, mostrou um gráfico que aponta os fundos de renda variável como principal investimento da empresa, com 64% dos ativos, contudo, René, deseja mudanças nos próximos anos. “Isso nos causa certo constrangimento já que o limite permitido pela legislação é de 70%. O ideal é que nós reduzamos isso com o tempo”.
O diretor ainda assegurou que a crise dos bancos, em 2008, ameaçou o crescimento dos fundos de pensão, mas os grandes eventos futuros afastaram a possibilidade. “A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 são grandes oportunidades de investimento e esperamos consolidar nosso crescimento”, afirmou René Sanda.
O presidente dos Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e ex-presidente da Petros, Wagner Pinheiro de Oliveira, finalizou o debate lembrando a Medida Provisória 532, assinada no último mês pela presidenta Dilma Rousseff, que amplia os serviços dos Correios.
Wagner considera os fundos de pensão extremamente necessários para o futuro da empresa. “Tenho certeza que podemos contar com os fundos de pensão para esse crescimento dos nossos trabalhos”.
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