O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tirou dinheiro de 6 das 10 maiores secretarias estaduais no primeiro ano de seu segundo mandato. Sob a justificativa de que precisou cortar gastos em razão da crise econômica, o governo paulista derrubou as despesas não obrigatórias, aquelas dispostas pela Constituição do Estado.
Logística e Transporte foi a pasta mais afetada, com 42% menos investimento. Saneamento e Recursos Hídricos (-41%), Transportes Metropolitanos (-36%), Habitação (-35%), Administração Penitenciária (-12%) e Segurança Pública (-4%) aparecem em seguida. Saúde, Desenvolvimento Econômico e Justiça viram seus investimentos caírem 1%, enquanto Educação cresceu 4%.
Transportes foi a pasta mais afetada. Executou R$ 4,29 bilhões, contra os R$ 7,43 bilhões previstos no Orçamento. As consequências puderam ser sentidas pela CPTM, que viu a extensão da linha 9-esmeralda receber 75% menos dinheiro do que a previsão inicial: R$ 85 milhões ante os R$ 336 milhões esperados.
“A despeito de a Lei Orçamentária de 2015 ter sido elaborada em agosto de 2014 com PIB, previsão de receita e financiamentos muito conservadores, a realidade superou as piores previsões”, afirmou o governo em nota encaminhada ao jornal Folha de S.Paulo, que teve acesso aos dados repassados pela liderança do PT na Assembleia Legislativa, que extraiu as informações do Sigeo (sistema de acompanhamento da execução orçamentária).
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