Governo criminaliza ocupações de escolas em SP, acusa representante dos professores

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O governo do estado de São Paulo divulgou hoje (29) a estimativa de prejuízo de R$ 1 milhão com as ocupações das escolas do estado em protesto contra a proposta de reorganização por ciclo de ensino. A medida, que levaria ao fechamento de 94 unidades e à transferência de 311 mil alunos, foi suspensa após mobilização estudantil.

O levantamento foi feito considerando 81 escolas, das quais 72 foram, segundo a secretaria de Educação, “vandalizadas e furtadas”. O órgão destacou que a avaliação é parcial e o valor deve aumentar. De acordo com a administração estadual, das cerca de 200 escolas tomadas pelos estudantes, 13 permanecem ocupadas.

A presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, questionou o valor divulgado. “Contesto frontalmente. A secretaria terá de dizer o que foi esse R$ 1 milhão. Nesse período, o governo deixou de ter outros gastos, como telefonia e informática”, afirmou.

Bebel, como a presidenta é conhecida, disse que esta é uma tentativa de criminalizar a mobilização. “É prática comum transformar a questão educacional em caso de polícia.” 

A secretaria informou que o levantamento é de responsabilidade da direção de cada uma das escolas e ainda não estão incluídas as perdas com merendas (furto, consumo e destruição de alimentos). Segundo o órgão, uma das últimas escolas com depredação e furto foi a Conselheiro Crispiniano, em Guarulhos.

Em nota, a secretaria afirmou que, “além de danificar e destruir objetos da secretaria da escola, das salas de coordenação, de mediação e de equipamentos de festas, foram furtados oito computadores, três notebooks e seis radiocomunicadores”.


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