O Brasil votou contra uma resolução de Direitos Humanos da ONU que renova o mandato da organização para monitorar os impactos das políticas fiscais sobre direitos humanos, argumentando que a medida é contrária às reformas econômicas propostas pelo governo de Michel Temer. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
O voto foi uma mudança radical de posicionamento do Brasil. Nas últimas oportunidades, em 2008, 2011 e 2014, durante os mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o País tinha votado a favor da medida.
A resolução critica políticas de austeridade fiscal como as que estão sendo implementados no Brasil. Não é a primeira vez que Temer é alvo de críticas da organização. Em dezembro de 2016, o relator da resolução criticou a PEC de Gastos Públicos, e afirmou que a medida “é inteiramente incompatível com as obrigações do país em direitos humanos e prejudicará os pobres pelas próximas décadas”.
A representante do Brasil na ONU, Maria Nazareth Farani Azevedo, defendeu as políticas de austeridade. “A resolução é contrária aos principais elementos da política econômica atual do Brasil, particularmente nossos esforços para retomar o equilíbrio fiscal, dessa maneira, preservar as políticas sociais do País”.
Em nota, o Itamaraty afirmou que propôs modificações ao projeto de resolução, proposto por Cuba, mas as sugestões no foram aceitas.
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