O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou “uma arbitrariedade” a decisão do juiz Sergio Moro de divulgar um grampo telefônico envolvendo uma presidente da República. “Um grampo envolvendo uma presidente é muito grave”, afirmou Cristiano Zanin Martins. “Esse ato está estimulando uma convulsão social e isso não é papel do Poder Judiciário”.
De imediato, o advogado estuda que medidas legais deve adotar em relação à ação do juiz que lidera a Operação Lava Jato. Ele ressaltou que, ao divulgar os grampos, Moro já não era o responsável pelo caso: “É um momento inoportuno. Já havia perda de competência. Não havia decisão nem necessidade de fazer essa divulgação do áudio. Então a finalidade extrapola o âmbito do processo”.
Enquanto o advogado fazia o comentário, milhares de manifestantes ocupavam o entorno do Palácio do Planalto, em Brasília, e na avenida Paulista, em São Paulo. Um luminoso com os dizeres “Renúncia Já” não demorou a ser exibido no prédio da Fiesp, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Logo em seguida, manifestantes também se aglomeraram em Belo Horizonte, Curitiba e Recife.
Deixe um comentário