Na primeira reunião do grupo de trabalho mediado pelo governo para discutir a criação de uma tabela referencial para o preço do frete pago aos caminhoneiros do País, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, propôs nesta terça-feira (10) a criação de três subgrupos para debater, além da formatação do preço referencial do frete, a regulamentação de pontos da Lei do Caminhoneiro e uma agenda regulatória, como valor de pedágio e reajuste do valor do diesel.
Os subgrupos teriam 15 dia para discutir individualmente esses três pontos e elaborar um relatório a ser apresentado no próximo dia 26, em reunião do grupo de trabalho formado por caminhoneiros, empresários e o governo.
“Objetivamente, não achamos que essa primeira reunião tenha um caráter conclusivo. Estamos propondo, para que possamos dar continuidade [às discussões iniciadas em meio a manifestação dos caminhoneiros] a criação desses três grupos de trabalho”, disse Rossetto na abertura da reunião, na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Além de representantes dos caminhoneiros e dos empresários do setor – transportadores e carregadores – participam do encontro os ministros do Trabalho, Manoel Dias; dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues; deputados, senadores, além de representantes de entidades sindicais de classe.
De acordo com Rossetto, cada grupo será composto por representantes de cada segmento e terá, obrigatoriamente, a participação de representantes da ANTT e do Ministério dos Transportes.
A negociação desta terça faz parte da promessa apresentada pelo governo aos motoristas de caminhão para que fossem suspensos os bloqueios que paralisaram, no mês passado, as rodovias de vários estados brasileiros. Na segunda (9), sindicalistas criticaram a sanção da Lei dos Caminhoneiros pela presidenta Dilma Rousseff e informaram que na lista de reivindicações do movimento estão a redução do PIS/Cofins sobre o óleo diesel, a abertura de linha de crédito para o transporte autônomo e o perdão de multas, notificações e processos judiciais aplicadas durante a paralisação.
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