Grupos favoráveis e contrários o impeachment da presidenta Dilma Rousseff convocaram atos em várias cidades do país a partir das 17h30 desta segunda-feira (9). A maior parte das manifestações convocada nas redes sociais é de repúdio à decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), que, anulou as sessões do dias 15, 16 e 17 de abril, quando o plenário da Câmara aprovou por 367 votos contra 137 e sete abstenções a aceitação e encaminhamento ao Senado do pedido de impeachment da presidenta.
Em ao menos duas capitais, Brasília e São Paulo, grupos contrários à ao impeachment de Dilma planejam se reunir no mesmo horário e locais que os favoráveis ao afastamento da presidenta. Por meio das redes sociais, também estão sendo convocadas manifestações em Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Florianópolis, Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), entre outras cidades.
Os atos contrários à permanência de Dilma na presidência foram convocados por grupos locais ligados ao Movimento Brasil Livre e ao Avança Brasil. Os que defendem o mandato de Dilma foram convocados por diferentes organizações e entidades sociais. Em comum, os dois lados usam a palavra golpe para classificar os argumentos contrários aos seus.
Em Brasília (DF), os dois lados convocaram os manifestantes a se reunirem na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional ou, logo ao lado, na Praça dos Três Poderes, a partir das 18 horas. Já em São Paulo, os atos estão previstos para ocorrer na Avenida Paulista.
Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal informou que nenhuma organização solicitou autorização para se reunir hoje. Mesmo assim, como as forças de segurança já tinham organizado um esquema de segurança para o próximo dia 17, quando está previsto para ocorrer, no Senado, a votação do pedido de impeachment da presidenta, todo o aparato necessário estará à disposição para garantir a ordem e a segurança de quem for à Esplanada esta noite.
O esquema é semelhante ao adotado no último dia 17 de abril, quando houve a votação na Câmara e, na Esplanada dos Ministérios, os dois grupos de manifestantes foram separados por um forte esquema de segurança que incluía uma cerca de tapumes.
A Polícia Militar do Distrito Federal informou que está monitorando os dois grupos e que, se preciso, deslocará para a Esplanada dos Ministérios o reforço policial necessário para proteger quem estiver deixando o local, os manifestantes e o patrimônio público.
Em São Paulo, antes mesmo das 17h30, cerca de 20 pessoas contrárias à suspensão da decisão da Câmara de acolher o pedido de impeachment de Dilma fecharam duas vias de um quarteirão da Avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O protesto foi convocado pelo movimento Vem Pra Rua, mas é esperada também a participação de militantes do Movimento Brasil Livre. Perto dali, na Avenida Paulista, outro grupo contrário ao impeachment começava a se reunir em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP).
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