A francesa Gisele Cossard Binon se identificava como escritora e antropóloga quando, em 1960, participou de uma festa para Iansã no terreiro de Joãozinho de Gomeia, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Ela simplesmente foi ao chão, sem domínio de si mesma. “Quando acordei, já não era mais a embaixatriz”, lembrou ela em reportagem da Folha de S.Paulo em 2012. Agora era Mãe Gisele de Iemanjá, ou Omindarewá, que significa água bonita.
Mãe Gisele voltou para a França em 1963, onde fez doutorado na Sorbonee sobre o candomblé. Retornou ao Brasil em 1972, um ano antes de montar seu próprio terreiro nos fundos de sua casa, em Santa Cruz da Serra, também na Baixada.
A história tão brasileira desta francesa encerrou-se na última sexta-feira (22), quando morreu aos 92 anos vítima de um câncer de intestino. Deixou dois filhos biológicos e 300 filhos de santo.
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