A ex-presa política Inês Etienne Romeu será homenageada na noite desta quarta-feira (27), no primeiro ano de sua morte, pela Comissão da Memória e da Verdade da Prefeitura de São Paulo. Mineira de Pouso Alegre, Inês Etienne integrou a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), organização de resistência à ditadura militar.
Presa em maio de 1971, Inês passou por torturas e estupros durante 96 dias, no centro clandestino de extermínio que ficou conhecido como Casa da Morte, em Petrópolis (RJ). É a única sobrevivente conhecida do local. Conseguiu ser libertada ao simular que aceitava se tornar informante da repressão política.
Pesando apenas 32 quilos, foi deixada pelos torturadores na casa de sua família, em Belo Horizonte (MG). Na sequência, como estratégia para garantir a própria sobrevivência, a militante da VAR-Palmares se entregou à polícia, que foi obrigada a oficializar sua prisão.
Libertada depois da Lei da Anistia, em 1979, Inês não só denunciou a existência da Casa da Morte como conseguiu localizá-la, a partir de um número de telefone que ouvira ainda na tortura. Seus depoimentos ajudaram a esclarecer o desaparecimento e morte de diversos presos políticos, entre eles o dirigente da VAR-Palmares Carlos Alberto Soares de Freitas, o Beto.
Homenagem à Inês Etienne Romeu, às 19hs
Nesta quarta-feira (27), na sede do Arquivo Municipal – praça Coronel Fernando Prestes, 152, centro, São Paulo, SP (ao lado do metrô Tiradentes)
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