Human Rights Watch condena execução de brasileiro na Indonésia

Rodrigo Gularte foi preso no Aeroporto de Jacarta, em 2004, com outros dois amigos; eles levavam 6 quilos de cocaína em oito pranchas - Foto:  Reprodução
Rodrigo Gularte foi preso no Aeroporto de Jacarta, em 2004, com outros dois amigos; eles levavam 6 quilos de cocaína em oito pranchas – Foto: Reprodução

A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) criticou a decisão do governo da Indonésia de executar o brasileiro Rodrigo Gularte mesmo diante do quadro de esquizofrenia e falta de consciência apresentado por ele nos seus últimos momentos de vida. Ele morreu no último dia 28.

Em artigo publicado no seu site, a organização lembra que Gularte “não sabia que iria morrer até minutos antes de estar diante do pelotão de fuzilamento”, quando foi comunicado por um padre que o aconselhava, em um trabalho “hercúleo” para fazê-lo compreender.

A Human Rights Watch registra que vários órgãos das Nações Unidas condenam a aplicação de pena de morte e classifica a utilização da punição como instrumento dissuasivo de “barbárie”. A HRW lembra que as legislações de direitos humanos definem o direito à vida como inerente ao ser humano e que a pena capital seja aplicada apenas em casos de crimes muito graves, que resultem em morte ou lesões corporais irreversíveis.

Para a entidade, a execução do brasileiro neste estado de saúde viola as leis da própria Indonésia e os acordos internacionais assinados pelo país. A organização lembra que “o artigo 44 do Código Penal indonésio exclui a punição criminal de qualquer pessoa que demonstre desordem das capacidades mentais”.


Comentários

Uma resposta para “Human Rights Watch condena execução de brasileiro na Indonésia”

  1. Avatar de José Carlos
    José Carlos

    Meu primo foi assassinado por um viciado por causa de 10 reais para comprar drogas, acham que vou ter pena por que a indonésia mandou este desgraçado para o Inferno? PARABÉNS INDONÉSIA

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.