Inacabado até hoje, o monotrilho que ocupa o canteiro central da avenida Roberto Marinho, na zona sul da capital paulista, virou um abrigo de usuários de drogas. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a maior concentração de usuários de droga fica nas proximidades do cruzamento da avenida Vereador José Diniz. Os moradores e os comerciantes do local afirmam que o atraso da obra degradou a região.
Debaixo dos pilares e das futuras estações, os sem-teto montaram coberturas de papelão para dormir. Sob o monotrilho, os novos moradores vivem livres da chuva. Alguns pontos viraram também um depósito de lixo e entulho.
O monotrilho da linha 17-ouro foi idealizado para ligar o aeroporto de Congonhas ao estádio do Morumbi. O edital foi lançado em 2010, mas as obras só começaram mesmo no governo Geraldo Alckmin (PSDB), em 2011. Tudo deveria ter ficado pronto na Copa de 2014, pois se acreditava que o Morumbi seria usado na competição. O custo da obra já ultrapassa os R$ 5,5 bilhões. O contrato de construção da linha foi rompido neste ano. O governo tucano agora diz que um novo consórcio foi contratado para terminar a linha, que agora irá até a estação Morumbi da CPTM, e não mais ao estádio.
O governo diz que as obras foram retomadas em junho: “Já temos cem funcionários novos lá, estamos fazendo toda a limpeza do canteiro, liberando as pistas para o trânsito”, afirmou na época o secretário Clodoaldo Pelissioni. O Metrô e a Secretaria estadual dos Transportes Metropolitanos afirmaram à Folha que preparam um relatório sobre a presença de pessoas em situação de risco no local. O relatório será encaminhado para a Prefeitura de São Paulo. O consórcio da obra afirma que vai reforçar as rondas no canteiro. O governo paulista diz ainda que a linha será entregue em 2017.
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