Se nem todo militante de esquerda “vai pra Cuba”, brasileiro conservador – e rico – vem seguindo o conselho e se mudando de mala e cuia para Miami, na Flórida.
Cerca de 100 mil brasileiros se mudaram para a Flórida desde 2014, elevando o número de imigrantes do País no Estado americano, uma cifra que só contabiliza quem tem vista, segundo o consulado de Miami .
“Sinto alívio de não estar no Brasil”, conta a gerente Camila, 27 anos em reportagem do jornal Folha de S.Paulo. Ela não se considera desesperada, mas é o caso de alguns. Segundo o tributarista Julio Barbosa, uma família carioca colocou usa empresa à venda por um preço abaixo do mercado para abrir qualquer negócio nos Estados Unidos.
No ano passado, o paulistano Wilton Colle, 48 anos, mandou embora 400 funcionários de sua fábrica e se mudou para Boca Raton, a 70 km de Miami. Ali, na Flórida, ele tem duas casas, cinco carros e gasta US$ 50 mil dólares por mês para cuidar da mulher, três filhos e babá, que trouxe do Brasil. “Avisa aí a Receita Federal que comprei tudo com dinheiro feito aqui.”
Ele considera o sistema tributário “injusto e burro” que “estupra e mata” as empresas. “Prefiro pagar imposto aqui”, afirmou ao jornal. “Recomendo a quem puder, rico ou pobre, se dentro da lei, que venha.”
Jeely, 34, sua mulher, agora cuida da casa, passou a cozinhar e o filho, de 13 anos, precisa arrumar o próprio quarto. “A gente tinha mais mordomias”, lembra ela. “Aqui temos o luxo da liberdade”, disse o empresário.
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