Nesta quarta-feira (17) os chanceleres da Itália, França e Alemanha enviaram uma carta conjunta propondo a Federia Mogherini, representante da Política Externa e Segurança da União Europeia, uma “política de imigração externa mais ativa e inclusiva” no bloco.
Assinado por Paolo Gentiloni, Laurent Fabius e Frank-Walter Steinmeier, o documento tem como objetivo estabelecer uma visão unificada da União Europeia em relação a imigração. No texto, há um grande destaque para a problemática, chamada de “desafio histórico”.
A carta ressalta a importância da decisão do Conselho Europeu de organizar uma operação para dificultar os negócios dos traficantes de pessoas no Mediterrâneo. Existe ainda uma menção de que os europeus não devem se unir somente pelas políticas econômicas, mas também por seus princípios e valores éticos.
O documento enviado à Mogherini também pretende incentivar a união dos países do bloco europeu, mesmo que, recentemente, representantes políticos tenham entrado em conflito por causa de opiniões divergentes em relação à imigração. Na segunda-feira (15) o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, afirmou que a Itália “deveria assumir suas responsabilidades” com o tema e não deixar que os imigrantes que chegam ao país viajassem para outra nação.
A frase causou revolta no primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, que disse que se a Europa não se preocupasse com a imigração, a Itália “iria resolver sozinha”, pois já “possui um plano B”. Na mesma linha, o ministro italiano do Interior, Angelino Alfano, indicou que se a Itália ficasse sozinha nessa luta, haveria “represálias” para as nações europeias. Na próxima semana, entre os dias 25 e 26, o Conselho Europeu – que reúne os chefes de Estado e de governo dos 28 Estados-membros da UE – tentarão achar uma saída para a crise imigratória.
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