A onda de lama de rejeitos minerais que se formou após o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, no último dia 5, chegou ao litoral do Espírito Santo neste domingo (22) à noite, segundo informações da Defesa Civil e da mineradora. Devido ao período seco, um banco de areia formou-se e está impedindo a chegada da lama ao mar. Nesta segunda-feira (23), uma imagem do fotógrafo Gabriel Lordêllo, da agência Mosaico Imagem, viralizou nas redes sociais. Nela, é possível ver a onda de lama sobre a água do oceano.
Máquinas da Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton, trabalharam no final de semana para desobstruir o caminho até o litoral no vilarejo de Regência, próximo à cidade de Linhares. A avaliação é que, caso a lama se dilua no mar, os danos serão menores do que se permanecer represada.
Em uma tentativa de salvar a vegetação na foz [ponto de desaguamento no mar] do rio Doce, a Samarco instalou bóias de contenção às margens. No entanto, não há certeza sobre a efetividade das bóias, já que tradicionalmente elas são usadas na contenção de vazamentos de óleo.
O trajeto da lama de rejeitos pelo rio Doce interrompeu o abastecimento de água em municípios de Minas Gerais e Espírito Santo. A situação mobilizou pessoas de vários pontos do país, que arrecadaram água potável para enviar para a região.
*Com agências de notícias
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