Mais uma derrota: vereadores aprovam PME sem questão de gênero

 

Manifestantes religiosos protestam contra a inclusão da discussão de gênero no PME -Foto: André Bueno / CMSP
Manifestantes religiosos protestam contra a inclusão da discussão de gênero no PME -Foto: André Bueno / CMSP

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta terça-feira (25), em segunda votação, o projeto de lei que trata do Plano Municipal de Educação (PME). O texto não inclui questões de gênero e sexualidade, refletindo mais uma derrota da sociedade brasileira em relação aos direitos LGBT. 

Em frente ao prédio da Câmara, durante todo o dia, houve manifestações de grupos contrários à discussão de gênero e identidade sexual nas escolas e também dos que acreditam ser necessário discutir a questão, a fim de que as escolas transmitam para as crianças o respeito à diversidade sexual e eduquem os alunos à respeito das condições de gênero

O vereador Ricardo Nunes (PMDB) se referiu ao assunto como “ideologia de gênero” e justificou a retirada do tema do PME com referências a Deus e à religiosidade. Ele acredita que a educação relacionada à sexualidade cabe à família. “Daqui a pouco nós votaremos e São Paulo dará o recado: não ao gênero”.

A vereadora Juliana Cardoso (PT) ressaltou que a discussão de gênero na escola é importante para concretizar os diferentes modelos de família. Algumas têm mulheres como provedoras da família, pais homossexuais ou heterossexuais, somente pai ou somente a mãe, avós como referência materna e paterna, entre outros casos. “Essas famílias precisam ser viabilizadas na escola, porque refletem a realidade brasileira”, afirmou.

Ela elencou alguns argumentos mentirosos que estão sendo disseminadas sobre a inclusão de gênero no PME, e disse que a exclusão de banheiros separados, os professores ensinando os alunos a serem transsexuais e a destruição da família não correspondem à realidade. “Queremos discutir gênero nas escolas para garantir respeito à diversidade.”


Comentários

Uma resposta para “Mais uma derrota: vereadores aprovam PME sem questão de gênero”

  1. Ótima decisão da Câmara dos Vereados da cidade de São Paulo! Pena que a reportagem é tendenciosa ao dizer que a sociedade tem ignorado os direitos dessa classe. Atualmente os aderentes ao LGBT tem todos os direitos que um cidadão comum tem: liberdade de expressão, direito à não discriminação, direito ao casamento e, por aí vai. O que visa esse projeto é perverter a natureza humana em favor de uma minoria. A pessoa nasce homem ou mulher, fato. Isso não muda pela lei.

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