Manifestantes protestam contra golpe em cerimônia olímpica

A jogadora de vôlei Fabiana Claudino segura a tocha olímpica ao lado de Dilma - Foto: EBC
A jogadora de vôlei Fabiana Claudino segura a tocha olímpica ao lado da presidenta Dilma Rousseff – Foto: EBC

A presidenta Dilma Rousseff participou na manhã desta terça-feira (3) da cerimônia de acendimento da tocha olímpica no Palácio do Planalto. Dilma disse que o Brasil vai receber bem atletas e turistas nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio, apesar da instabilidade política no País: “Tenho certeza de que um País cujo povo sabe lutar pelos seus direitos e que preza e sabe proteger sua democracia é um país onde as Olimpíadas terão o maior sucesso nos próximos meses”.

Em frente ao Planalto, um grupo de manifestantes protestou contra o processo de impeachment de Dilma com faixas com a frase “Não ao golpe” escrita em árabe, russo, alemão, espanhol e inglês. outros pediam a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). Integrantes do Movimento de Luta pela Terra também acompanharam a solenidade. Um deles entrou em choque com a polícia.

A chama olímpica chegou nesta terça às 7h25 ao Aeroporto Internacional de Brasília. É o início de um roteiro que incluirá 327 cidades das cinco regiões do país nos próximos 95 dias. Durante esse período, a tocha passará pelas mãos de 12 mil condutores até chegar, no dia 5 de agosto, ao Estádio Maracanã, local onde será acesa a Pira Olímpica, na abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A chama foi acesa no dia 21 de abril, em frente ao Templo de Hera, na cidade grega de Olímpia.

Do aeroporto, a lanterna contendo a chama foi levada pelo presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, Carlos Arthur Nuzman, até o alto da rampa do Palácio do Planalto para o acendimento da pira. Em seguida, a presidenta Dilma Rousseff acendeu a tocha olímpica e a entregou para a capitã da Seleção Brasileira de Vôlei Fabiana Claudino, que desceu a rampa com a tocha acesa e deu início ao revezamento.

Uma refugiada síria que vive no Brasil desde o ano passado, Hanan Daggah, de 12 anos, foi escolhida para participar do revezamento da tocha. Ela chegou ao Brasil em 2015 e hoje vive em São Paulo, em um pequeno apartamento no centro. Hanan foi escolhida pelo Comitê Organizador dos Jogos a partir de uma sugestão da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) no Brasil. Para a Acnur, trata-se de “um gesto simbólico de solidariedade com os refugiados do mundo, em um momento que milhões de pessoas fogem de guerras, conflitos e perseguições. Em todo o mundo, existem cerca de 20 milhões de refugiados – o maior número desde o fim da 2ª Guerra Mundial”.

O percurso da tocha teve início com Fabiana Claudino, bicampeã olímpica (2008 e 2012) no volêi, que a passará a Artur Ávila Cordeiro de Melo, primeiro brasileiro a receber a Medalha Fields, considerada o Nobel da Matemática. A tocha será entregue então a Gabriel Hardy, campeão juvenil de karatê; Ângelo Assumpção, ginasta; Aureline Vieira de Brito, diretora de uma escola no interior do Piauí; a menina síria Hanan Khaled Daqqah; Adriana Araújo, pugilista; Gabriel Medina, surfista; Paula Pequeno, bicampeã olímpica de vôlei; e Vanderlei Cordeiro de Lima, ex-maratonista.

* Com Agência Brasil


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