O secretário municipal dos Direitos Humanos, Eduardo Suplicy (PT), afirmou que o rapper Mano Brown foi agredido por policiais militares durante a sua detenção no fim da tarde desta quinta-feira (6), em Campo Limpo, na zona sul de São Paulo. “Um forte policial deu-lhe um mata leão e o derrubou no chão. Diversos passaram a ofendê-lo. Algemaram-no e o levaram ao 37º DP, no Campo Limpo”, diz um trecho da publicação em seu perfil no Facebook na manhã desta terça-feira (7).
O cantor foi detido após passar por uma blitz da Polícia Militar, que divulgou que Brown, ao avistar os PMS, freou o carro e tentou dar ré para desviar do caminho. O veículo, registrado em nome de sua mãe, está com o IPVA vencido e o próprio cantor dirigia-o com a habilitação vencida. Ele foi levado ao distrito policial por desacato e desobediência.
“Mano Brown, dos Racionais Mc’s, foi à farmácia comprar um remédio para sua mãe, que esteve hospitalizada. No caminho, foi parado por batalhão de PMs. Abriu os vidros, desceu do carro. Mandaram ele elevar os braços por trás da cabeça. Brown pediu para não tocarem nele. Um forte policial deu-lhe um mata leão e o derrubou no chão. Diversos passaram a ofendê-lo. Algemaram-no e o levaram ao 37DP, no Campo Limpo. [O deputado federal] Vicente Cândido e eu fomos lá até que fosse liberado, às 20:30hs. Maior respeito e civilidade especialmente aos negros se faz necessário. O fato de o exame de saúde da carteira de habilitação estar vencido não justificava aquele procedimento”, escreveu Suplicy.
Apesar das palavras de Suplicy, o cantor não quis fazer um boletim de ocorrência sobre a suposta agressão.
Essa é a terceira vez que Mano Brown é detido pela PM: em julho de 2004 ele foi levado pelos policiais por desacato à autoridade em uma blitz. Ele passou um dia preso e foi liberado depois de pagar fiança de R$ 60. Em setembro de 2009, pela segunda vez, ele foi levado para a delegacia depois de uma confusão na torcida do Santos durante o jogo contra o Corinthians, na final do Campeonato Paulista, no Pacaembu. No entanto, seria provado que ele não estava envolvido na briga.
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