Berço do Renascimento e Patrimônio da Humanidade da Unesco, Mântua, no norte da Itália, foi eleita como Capita Italiana da Cultura de 2016, após uma longa luta para revitalizar a cidade.
O anúncio foi feito diretamente pelo ministro dos Bens Culturais e do Turismo do país, Dario Franceschini, em uma reunião nacional do Ministério do qual faz parte (Mibact), que nunca esteve tão cheio de prefeitos, assessores e “torcedores”.
“Eu não esperava isso, mas sabia do papel e da beleza de Mântua”, comentou o prefeito do município, Mattia Palazzi, eleito há apenas quatro meses. Para vencer, a cidade da Lombardia concorreu com outras nove (das 24 iniciais): Aquileia, Como, Parma, Pisa, Pistoia, Spoleto, Taranto, Terni e Herculano, que era a favorita.
Estes destinos poderão tentar a sorte mais uma vez para ser a Capital de 2017 ou dos próximos anos. Além de ganharem prestígio por terem o tão esperado título, as cidades ainda recebem 1 milhão de euros (R$ 4,3 milhões, aproximadamente) para realizar o projeto apresentado. Segundo o presidente do júri responsável pela seleção, Marco Cammeli, o que diferenciou Mântua das outras concorrentes foi a experiência que o município teve na competição da Capital Europeia da Cultura de 2019, que foi ganha por Matera, na região da Basilicata.
“Para o de 2016, levamos em conta a proximidade da ‘data de conclusão’, ou seja, quem tinha menos caminho pela frente para chegar ao objetivo, já que o próximo ano já está chegando”, afirmou Cammeli.
Já o prefeito de Mântua explicou que o que realmente importa “não é só o 1 milhão de euros que virá para cidade, mas o reconhecimento de uma cidade pequena e que tem uma vocação internacional e um patrimônio extraordinário”.
“Estamos procurando abri-la ao mundo, muito mais [do que agora], investindo na recuperação do patrimônio, na regeneração urbana e na confiança de uma cidade que deseja ser levada em conta muito mais no país e na Europa”, continuou Palazzi.
O político ainda afirmou que o projeto apresentado está centrado “na reorganização completa do território” envolvendo “14 municípios e todas as suas realidades econômicas”.
Além disso, Franceschini ainda disse que “este é o início de um percurso virtuoso, que colocou em movimento a capacidade de realização de projetos, envolveu o território e que ainda reforça a Itália como um museu muito difundido”.
“Mântua é uma cidade muito bela, com uma grande tradição. As outras também a têm e, de ano em ano, o reconhecimento será sempre mais importante, já que certamente crescerá o número de concorrentes”, completou o ministro.
“Conseguir, em uma cidade do ‘Mezzogiorno’ [região sul da Itália] como Herculano, envolver tanto cidadãos em torno da cultura, já foi uma vitória”, contou, à distância, o prefeito da principal concorrente de Mântua.
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