Estudantes das escolas públicas de São Paulo protestam contra a máfia das merendas e os cortes no vão do MASP, na avenida Paulista.
São cerca de 400 secundaristas. Eles acabam de decidir o trajeto: av. Brigadeiro Luis Antonio, Secretaria de Educação SP (Praça da República) e terminam o ato no Centro Paula Souza, em Pinheiros.
Até agora, a CPI da Máfia da Merenda ainda não foi instalada na Assembleia Legislativa de São Paulo por falta de quórum. A Comissão da Educação fica esvaziada para não convocar pessoas ligadas ao escândalo do Merendão. O esquema atinge 22 prefeituras do Estado de São Paulo, governado pelo tucano Geraldo Alckmim.
De todos os pedidos apresentados até agora para a instalação da CPI, nenhum foi votado, segundo informações do jornal O Globo.
O escândalo envolve gente do primeiro escalão do governo Alckmin (PSDB), como o deputado estadual e hoje presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) Fernando Capez, e o ex-secretário da Educação, Herman Voorwald. Também são citados nas delações o ex-chefe de gabinete da Casa Civil de Alckmin, Luiz Roberto dos Santos, o secretário tucano Duarte Nogueira (Logística e Transportes), os deputados federais Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB), além do deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD). Todos negam as acusações.
Grampos telefônicos plantados pela Polícia Civil para as investigações da Operação Alba Branca revelam que boa parte das ordens que articularam as fraudes na merenda escolar nas escolas do Estado de São Paulo partiu do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. As conversas saíram mais precisamente da Casa Civil, da sala de Luiz Roberto dos Santos, o Moita, ex-chefe de gabinete do secretário Edson Aparecido, braço direito de Alckmin.
Na terça-feira (26), Capez usou a tribuna da assembleia para se defender das acusações de seu envolvimento com o escândalo do Merendão, em vez de reforçar o time que pede a abertura da CPI.
“Caí numa armadilha e espero que tudo seja esclarecido. Meu nome foi usado. Não fiz nenhuma interferência junto à Secretaria da Educação para beneficiar qualquer entidade”, disse.
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