Metade da população da Grã-Bretanha terá câncer, diz estudo

Metade da população do Reino Unido terá câncer em algum momento de sua vida, informou nesta quarta-feira (04) um estudo divulgado pela Cancer Research UK. A entidade divulgou que chegou à estimativa a partir de um novo método de cálculo, que substitui o dado anterior, de 2010, em que 33% da população da Grã-Bretanha desenvolveria a doença.

Um dos motivos apontado pelos especialistas é que, com o aumento da expectativa de vida, cada vez mais pessoas vão contrair a doença. Eles afirmam que com a queda no número de mortes por infartos e infecções, o que implica em vidas mais longas, há como consequência uma maior manifestação do câncer. 

De acordo com o estudo, 54% dos homens e 48% das mulheres terão algum tipo de câncer durante toda a sua vida. Apesar de divulgar um cenário drástico para o futuro, a Cancer Research mostrou que a quantidade de pessoas que consegue se curar da enfermidade vem aumentando nos últimos anos. O professor Peter Sasieni, um dos autores da pesquisa, afirmou que apesar do prognóstico negativo, o problema “não é uma doença inevitável”. “Há muitas coisas que podemos fazer para prevenir o câncer e, com sorte, em alguns anos, isso demonstrará que estamos corretos”, destacou Sasieni.

De acordo com o especialista, a obesidade, o consumo de carne vermelha em excesso e o fumo são fatores de alto risco para a doença. Agora, um estilo de vida saudável pode diminuir a probabilidade de ter a enfermidade entre 30% e 50%.

Sasieni destacou que os cânceres de mama e de próstata continuarão sendo os mais comuns, enquanto os de esôfago, cabeça e pescoço estão aumentando de maneira exponencial. Segundo o professor, o primeiro é causado pelo aumento de pessoas obesas que sofrem com refluxo e os dois últimos por um maior número de pessoas que contraem o vírus papiloma e pelo aumento das práticas de sexo oral sem proteção.

O diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (NHS), Sean Duffy, destacou que “os índices de sobrevivência ao câncer no país alcançaram seu máximo histórico, mas o novo prognóstico demonstra que o mais importante é que sempre se pode fazer melhor”. Duffy explicou que as autoridades fazem o planejamento para o combate à doença em três frentes: um melhor plano de prevenção, diagnósticos do problema mais rápidos e melhores tratamentos durante e após a doença para todos os pacientes britânicos.


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