‘Militares combatiam subversão real e imaginária’, diz memorando da CIA aos EUA

Polícia reprime manifestantes "subversivos" na ditadura - Foto: Agência Brasil
Polícia reprime manifestantes “subversivos” na ditadura – Foto: Agência Brasil

O medo de “subversão” não é privilégio de quem pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Há 47 anos, o combate de militares brasileiros à “ameaça comunista” durante a ditadura foi motivo de preocupação até para CIA, a agência de inteligência americana. Faltando dois dias para a publicação do AI-5 (ato que fechou o Congresso e endureceu a repressão), em 1968, a agência enviou um comunicado ao então presidente Lyndon Johnson em que descreve a “perigosa” paranoia das Forças Armadas.

O documento, considerado ultrassecreto, foi tornado público recentemente. Nele, a CIA cita prisão de três padres franceses por 72 dias. “Enquanto o caso dos padres tem algum mérito, é a excessiva preocupação dos militares com a subversão, real ou imaginária, que pode se tornar mais perigosa.”

O relatório estava certo. Dois dias depois, em 14 dezembro, Costa e Silva editava o AI-5, responsável pela morte de 12 manifestantes e 85 denúncias de torturas naquele ano, informa o jornal Folha de S.Paulo. No ano seguinte, foram 1027 denúncias de tortura. Em 1970, 30 mortos.

Para a agência, Costa e Silva foi pressionado Exército que, ao ceder, perdeu poderes. “Sua dependência dos militares se tornou aparente. Ele pode ser apenas um presidente decorativo a partir de agora”, diz o memorando.


Comentários

Uma resposta para “‘Militares combatiam subversão real e imaginária’, diz memorando da CIA aos EUA”

  1. Avatar de Alcebiades Lemos
    Alcebiades Lemos

    Imaginem quantos brasieiros seriam fuzilados se os alunos da escolinha de ditadores de FIDEL CASTRO tivessem dominado o Brasil? MUITO OBRIGADO À AQUELES MILITARES, POIS OS GENERAIS DE HOJE são mais comunistas que o PAPA.

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